Foto: Renan Mattos (Diário)Carregamento chegou às 12h10min desta segunda-feira
Santa Maria recebeu nesta segunda-feira 840 doses da vacina da Pfizer. O helicóptero da Polícia Civil que trouxe a remessa chegou ao Aeroporto Municipal às 12h10min. Ao todo, 407 municípios gaúchos receberam 80.844 doses – destas, 3.420 são para a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ªCRS), com sede em Santa Maria. Além das vacinas, o carregamento conta com seringas e diluentes (soro fisiológico).
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Em Santa Maria, as doses serão aplicadas em gestantes e puérperas (mulheres com até 45 dias de pós-parto) com comorbidades e mediante liberação médica. A prefeitura deve lançar um cadastro para agendamento da vacinação ainda nesta segunda-feira.
DOSES POR MUNICÍPIO DA 4ªCRS
Agudo -186
Cacequi -120
Capão do Cipó – 42
Dilermando de Aguiar – 36
Dona Francisca – 42
Faxinal do Soturno – 66
Formigueiro – 78
Itaara – 78
Ivorá – 18
Jaguari – 108
Jari- 42
Júlio de Castilhos – 210
Mata – 54
Nova Esperança do Sul – 54
Nova Palma – 60
Paraíso do Sul – 72
Pinhal Grande – 54
Restinga Seca -138
Santa Maria – 840
Santiago – 462
São João do Polêsine – 24
São Martinho da Serra – 30
São Pedro do Sul -168
São Sepé – 234
São Vicente do Sul – 102
Toropi – 24
Unistalda-36
Vila Nova do Sul – 42
Quatro municípios da 4ªCRS não receberão doses da Pfizer na remessa desta segunda-feira: Itacurubi, Quevedos, São Francisco de Assis e Silveira Martins.
– Alguns não querem receber agora porque ainda têm bom estoque das outras vacinas, inclusive CoronaVac para segunda dose, ou então acham que precisam investir mais em capacitação – explicou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
As doses destes municípios seguem reservadas na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi), em Porto Alegre, para entrega posterior.
LOGÍSTICA
A distribuição das doses começa às 10h desta segunda-feira, em Porto Alegre, por via terrestre. As doses santa-marienses serão trazidas por um helicóptero da Polícia Civil, com decolagem prevista para as 11h, em Porto Alegre. Além das doses da 4ª CRS, chegam na remessa as vacinas destinadas a 10ªCRS, de Alegrete. Já um avião da Brigada Militar levará as doses para Erechim, Palmeira das Missões, Bagé, Santo Ângelo e Pelotas.
VACINAS DA PFIZER
A vacina da Pfizer exige cuidados diferentes das doses aplicadas até então em Santa Maria, da CoronaVac e de Oxford/AstaZeneca. Os municípios receberão suas doses refrigeradas (entre 2°C e 8°C). Nesta temperatura, as doses podem ficar por até cinco dias (120 horas). Por essa limitação, a orientação do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) é que os municípios realizem agendamento prévio das pessoas a serem imunizadas. Da mesma forma, não é recomendada a estratégia de vacinação fora de Unidades Básicas de Saúde (UBSs), como em drive-thru.
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Na sala da vacina, após o frasco ser tirado do refrigerador e diluído, as doses dever ser aplicadas em até seis horas. As doses da Pfizer chegam ao Brasil em caixas de transporte específicas, com isolamento térmico e gelo seco que permite a manutenção de temperaturas entre -90°C e -60°C por até 30 dias. Em freezers, com temperatura entre -25°C e -15°C, o armazenamento pode ser feito por até duas semanas. Em freezers de temperatura ultrabaixa (entre -80°C e -60°C) as doses podem ficar por até seis meses. Após sair da fábrica, estando nas caixas térmicas ou nos freezers de -25°C a -15°C, o lote pode ser levado de volta a um ultrafreezer, reassumindo a validade original de seis meses. Essas temperaturas mais baixas do que precisam as doses das demais fabricantes são necessárias pois a vacina da Pfizer tem menos conservantes.
INFORMAÇÕES SOBRE A VACINA
Podem vir rotuladas como Pfizer-Biontech, se produzidas na Bélgica, ou Comirnaty, que é o nome comercial usado na fábrica dos Estados Unidos. A vacina é distribuída no Brasil com embalagem em inglês, mas a empresa dispõe de um site em português com conteúdos para profissionais de saúde
Cada frasco tem capacidade para seis doses. Ele vem com 0,45 ml do produto, que para a aplicação precisa de diluição de mais 1,8 ml de soro fisiológico
É uma vacina do tipo RNA mensageiro (mRNA), ou seja, usa parte de uma sequência do código genético do vírus como se fosse uma “receita” para o organismo produzir anticorpos
Estudos clínicos comprovaram uma taxa de eficácia de 95% após as duas doses
No Brasil, a orientação do Ministério da Saúde é de um intervalo de 12 semanas (cerca de três meses) entre a primeira e segunda doses
Reações adversas mais comuns incluem dor no local da aplicação, fadiga e dor muscular (raramente chegando a apresentar febre), que costuma aparecer em até 24 horas e apresentar melhora em até 48 horas